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VOLTA REDONDA

Atualizado às 12h38min.
O advogado e um dos principais personagem da campanha esmagadora do Sindicato do Metalúrgicos na última eleição, Tarcísio Xavier, foi demitido pela diretoria Administrativa essa semana. A saída foi formalizada por meio do Ofício 21/2024, datado de quinta-feira (22). Segundo consta em matéria publicada na página do semanário Folha do Aço na internet. Dos sete conselheiros com poder de voto, seis assinaram pela demissão do advogado. Dos diretores, somente o presidente do sindicato não foi a favor da demissão.
O documento, que chancelou a saída do jurista, foi assinado por cinco membros da direção executiva. Além da dispensa, a “carta de demissão” exige que todos os processos sob responsabilidade dele sejam entregues até o dia 4 de março. Em áudios publicados em grupos de conversa dos diretores sindicais, segundo o semanário, Tarcísio desabafou a surpresa e frustração com a decisão da saída dele. A publicação ainda revela que o advogado criticou a maneira como foi demitido e chamou de “deselegante” e “desrespeitosa” a forma como foi adotada.
– Postaram esse documento, que eu recebi hoje à tarde, para que vocês tomassem ciência, não é para discutir, não é para debater, não é para discordar, não é para concordar. A decisão está tomada. Quem tem poder decisão são cinco pessoas e elas que se arvoraram no direito de decidirem os nossos destinos – afirma Tarcísio.
O advogado, entretanto, também teria contestado a legitimidade da decisão. Ele defende que apenas o presidente do Sindicato, Edimar Miguel Pereira, teria poder para demitir ou contratar alguém. “Quem tem competência estatutária para demitir e contratar é o presidente do Sindicato, Edimar Pereira. Essas cinco pessoas estão querendo usurpar o papel do presidente. Só temos um presidente no Sindicato, que é o Edimar, não é o G5”, argumenta Tarcísio.
Nos bastidores, fontes do portal comentam que pode estar acontecendo um “racha” entre os membros da diretoria do sindicato. A saída de Tarcísio seria, segundo elas, mais um indício de que pode existir um “cabo de guerra” dentro da sede do maior sindicato de classe da região. Tentamos contato com a assessoria do sindicato, mas até a publicação dessa reportagem não enviou uma nota oficial. Caso enviem uma resposta, ela será acrescentada nessa matéria.

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