Hospital de Campanha Raulino de OLiveira
VOLTA REDONDA

Atualizado às 10h30min.
A Polícia Federal (PF), com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou na manhã da terça-feira (26), a “Operação Vírus”. O objetivo é apurar possíveis irregularidades cometidas na contratação de serviços de caráter emergencial, pela prefeitura de Volta Redonda, durante a pandemia da Covid-19. Os supostos crimes teriam ocorrido durante o governo Samuca Silva (PSC).
Na ação, cerca de 40 policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios ligados aos envolvidos. A PF aponta um suposto esquema criminoso que envolveria as cidades de Volta Redonda, Rio de Janeiro, Rio Claro, Pinheiral, Barra do Piraí e Paraíba do Sul. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Volta Redonda.
As investigações foram iniciadas em 2020, a partir de uma denúncia anônima que teria apontado supostas irregularidades no processo de dispensa de licitações relativo à contratação de serviços de saúde. Sendo eles, por exemplo, a instalação de equipamentos no hospital de campanha montado no Estádio Sylvio Raulino de Oliveira.
Estádio vai virar hospital
Montagem feita em cima do gramado do Raulino de Oliveira para atender pacientes com Covid-19.
A investigação, segundo a PF, aponta desvios de verbas públicas relativas a um contrato de R$ 1,6 milhão. Além de revelar indícios acerca de outras irregularidades nas contratações. No entanto, ainda teria um possível superfaturamento na contratação dos referidos serviços. Além de supostas irregularidades na apresentação de documentos, direcionamento do objeto a ser contratado, conluio entre empresas, agentes políticos e servidores do município, empresas de fachada, entre outras.
No entanto, a Justiça pretende desarticular o suposto “grupo criminoso” e encontrar novos elementos de prova indispensáveis ao completo esclarecimento dos fatos. Além dos crimes licitatórios, os investigados poderão responder por associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, cujas penas variam de dois há 12 anos de reclusão.
Até o momento nenhum acusado envolvido se manifestou sobre a operação. O ex-prefeito, Samuca Silva, também não foi encontrado para falar sobre as acusações ocorridas no governo dele. Caso façam alguma comunicação oficial essa matéria será atualizada.