(ILUSTRATIVA)
RESENDE

Atualizado às 10h30min.
O sumiço de urânio enriquecido desapareceu das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, no Sul do Rio. Duas ampolas, chamadas de “testemunhas de um cilindro”, com oito gramas de material radioativo, desapareceram. A informação foi divulgada na quarta-feira (16), no blog da jornalista Tânia Medeiros. Na publicação, a jornalista afirma que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e a Polícia Federal foram acionados para apurar o incidente.
A INB confirmou o sumiço do material, mas informou que a quantidade não seria nociva à saúde. Mesmo que o material entre em contato com um indivíduo. Apesar disso, o fato é considerado grave, segundo a empresa.
A constatação do sumiço ocorreu durante a contabilidade no dia 17 de julho. A descoberta foi feita pela INB e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que, segundo a jornalista, teriam aberto sindicância para apurar o caso.
Em nota, a empresa confirmou o sumiço do material. Segue a nota:
“A Indústrias Nucleares do Brasil – INB informa que, após uma transferência interna entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear – FCN, em Resende/RJ, realizada em julho, foi detectada a ausência de dois tubos contendo amostras testemunho de UF6 (hexafluoreto de urânio) enriquecido. Os recipientes contêm pequena quantidade do material utilizado na produção de combustível para Angra II. Com 8 cm de comprimento, cada tubo possui massa de aproximadamente 8 gramas de UF6 enriquecido. A empresa ressalta que, em relação aos riscos radiológicos, a liberação do conteúdo, caso ocorra, não acarreta danos à saúde de um indivíduo”.
A INB afirma na mesma nota que a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN foi comunicada e acompanha as ações tomadas: “A empresa vem concentrando todos os seus esforços para a localização das amostras, com atuação das equipes de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, Proteção Física, Proteção Radiológica e Operação e Manutenção da Planta Química. As buscas foram iniciadas assim que foi detectada a ausência dos tubos, sendo realizadas no interior das áreas supervisionadas e controladas, escritórios e, principalmente, no trajeto percorrido para transferência dos recipientes, além de outras áreas da Unidade”.
Como os dois tubos não foram localizados no interior da FCN, a INB informou o “evento ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e à Polícia Federal”.
A empresa abriu um processo administrativo e procura identificar melhorias para que eventos como este não voltem a ocorrer.

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