Padrasto nega envolvimento no sumiço da enteada
PIRAÍ

Atualizado às 17h09min.

O mistério sobre o desaparecimento da adolescente Júlia Hemanuelly de Faria Costa, de 15 anos, continua sem uma conclusão. O delegado responsável pelo caso, Marcelo Haddad, titular da 94ª DP, de Piraí, acredita que existem “fortes indícios” de que ela esteja morta. Resta agora saber se o padrasto foi ou não autor do crime.
O padrasto foi preso na segunda-feira (20) depois da polícia encontrar manchas de sangue no sofá da casa da família e no carro do mecânico, padrasto da jovem. Júlia desapareceu em 13 de fevereiro e o próprio padrasto teria mudado o depoimento uma vez, insinuando que a jovem teria ido para o carnaval na cidade do Rio de Janeiro.
Corpo anda não foi encontrado e polícia mira em exames de DNA para desvendar o caso.
Apesar da tentativa, o delegado pediu a prisão preventiva dele. Marcela Haddad revelou que ouviu o padrasto mais uma vez na tarde de segunda e ele continua negando envolvimento no sumiço da menina. A polícia acredita que a menina esteja morta.
“Confrontamos as provas, mas ele se insiste em dizer que não tem responsabilidade pelo desaparecimento”, revelou Haddad. O exame de DNA de um lençol, com supostas marcas de sangue, encontrado em um local em Pinheiral, cidade vizinha, foram enviados para perícia. Além do que foi colhido na casa e no carro do preso. “Aguardamos ainda a decisão da Justiça sobre a quebra de sigilo telefônico dele, para mapear o trajeto que ele fez naquele dia”, acrescentou o delegado, ressaltando que a investigação teve início a partir do momento em que foi comunicado o desaparecimento de Júlia, registrado na delegacia pela mãe. Inclusive, desde a prisão do marido, que é o segundo casamento da mãe da jovem, que é viúva, ela foi parar no hospital e vive sob efeito de medicamentos e sob supervisão médica e de parentes 24h, segundo uma fonte.

 

Delegado acredita que jovem esteja morta
Delegado acredita que jovem esteja morta e aguarda exames de DNA de manchas sangue no carro do acusado. (Foto: Reprodução.
Para o delegado a suspeita é forte que a adolescente esteja morta. No entanto, Marcelo Haddad diz que ainda não é possível afirmar com todas as palavras, pois ainda depende dos exames da perícia. “As investigações estão em andamento e ainda falta muita coisa, inclusive localizar o corpo”, frisou.
Caso o sangue encontrado seja da jovem, o padrasto vai ser denunciado e pode ser condenado pelo desaparecimento e morte da jovem. Nesse caso, a mãe confirmou que o padrasto não tinha “bom relacionamento” com a enteada. Ele ainda afirmava, segundo a mãe, que o suspeito acusava a enteada pelo estado ruim do casamento.
A polícia conseguiu imagens de câmeras de segurança mostrando o suspeito e a mãe de Júlia deixando a residência no dia 13, por volta das 6h para trabalhar. As imagens não mostram a menor saindo de casa para ir à escola, mas sim o padrasto retornando à residência por volta das 8h da manhã. Em seguida, estacionou o carro de marcha à ré, o que não seria o habitual e depois saiu novamente.
Segundo o delegado Marcelo Haddad, testemunhas afirmam ter visto o suspeito colocado no carro “um grande volume envolto em um lençol”. A perícia encontrou manchas que seriam de sangue no sofá da residência e no carpete do porta-malas do carro do acusado. Após apurar esses fato, o delegado pediu a prisão preventiva dele.

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