Atualizado às 12h50min.
INTERNACIONAL
O presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong-un assinaram nesta terça-feira (12), em Singapura, um documento no qual os Estados Unidos prometem “fornecer garantias de segurança à Coreia do Norte”, que por sua vez reafirma seu compromisso com a “completa desnuclearização da Península Coreana”.
O documento é uma carta de intenções, sem metas, detalhes ou prazos. Mas os quem acompanham de perto esse processo não esperariam muito mais de um encontro dessa natureza, preparado às pressas, que chegou a ser cancelado três semanas antes, para resolver um conflito tão complexo, que já dura mais de seis décadas.
De acordo com o texto, os dois países agora levarão adiante negociações, que serão comandadas pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e por outro alto funcionário norte-coreano, provavelmente o general Kim Yong Chol, ex-chefe do serviço secreto e de operações especiais, o chanceler Ri Yong Ho ou o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Ri Su Yong. Os três acompanharam Kim Jong-un na cúpula, a primeira na História entre um presidente americano e um governante da Coreia do Norte.
A carta diz ainda que os dois governos “juntarão seus esforços para construir uma paz duradoura e estável” na península. Além do recém-montado arsenal nuclear norte-coreano, do outro lado da fronteira estão 28.500 soldados americanos, assim como navios e aviões.
Ao final do encontro, realizado na ilha de Sentosa, um aterro transformado em balneário, Trump disse que espera que a desnuclearização da Coreia do Norte ocorra “muito, muito rapidamente”. O presidente americano, que antes do encontro havia afirmado que, “no primeiro minuto” de conversa com Kim, já saberia se ele teria resultados ou não, disse ter criado uma “ligação muito especial” com o norte-coreano. “As pessoas ficarão muito impressionadas e muito felizes e vamos cuidar de um problema muito perigoso para o mundo”, celebrou Trump, que nos últimos meses vinha demonstrando enorme empenho em conseguir avançar no diálogo com Kim.
Os repórteres lhe perguntaram se ele convidaria o ditador norte-coreano para visitar a Casa Branca, como havia aventado anteriormente, e ele respondeu: “Com certeza, convidarei”. O presidente americano encheu o jovem ditador de 35 anos de elogios, chamando-o de “negociador muito inteligente, valoroso e duro”. E acrescentou, sobre o herdeiro da dinastia Kim educado na Suíça: “Percebi que ele é um homem muito talentoso. E também que ele ama muito o seu país”, finalizou Trump. (Foto: Reprodução)