
VOLTA REDONDA
Atualizado às 20h53min.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu, por unanimidade, em votação plenária na segunda-feira (12), negar o registro da candidatura a deputado federal do ex-prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva (União Brasil). Na mesma sessão, a ex-deputada estadual e ex-prefeita de Barra Mansa, Inês Pandeló (PT), também teve o registro da candidatura negado.
No caso de Samuca, a decisão foi tomada com base no processo em que o candidato foi condenado, também pela Justiça Eleitoral, por abuso de poder político e incitação à prática de boca de urna, nas eleições de 2020, quando ele tentava a reeleição como prefeito de Volta Redonda.
No entanto, a decisão, o TRE-RJ ratificou o entendimento de que Samuca estaria inelegível por oito anos, a contar da eleição passada. O pedido de impugnação da candidatura foi feito pela Procuradoria Regional Eleitoral, que também apontou o fato de o ex-prefeito ter tido contas rejeitadas pela Câmara Municipal. Samuca, porém, informou que já entrou com recurso. O pedido do candidato já consta no site do Tribunal Superior Eleitoral.
– Não houve qualquer comprovação nos autos do processo sobre o apontado pelo MP. Permaneço em campanha, com mais ânimo ainda. A política tem percalços e me cabe vencer cada um, como já fiz neste caso na primeira instância e conseguirei, com certeza, no recurso. Sigo trabalhando – afirmou em nota o ex-prefeito.
Em relação a Inês Pandeló, o TRE-RJ tomou a decisão com base em ação em que ela foi condenada por improbidade administrativa em processo relacionado ao período em que a ex-parlamentar atuou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – Alerj. Inês foi acusada da prática de “rachadinha”, com a justificativa de que os valores seriam direcionados para atividades filantrópicas, o que, para os julgadores, “não descaracteriza o desvio de finalidade, pois a verba disponibilizada destina-se integralmente a remuneração daqueles servidores, não podendo a parlamentar dar fim diverso, mesmo sob a nobre razão (…)”.
Inês também disse que o recurso ao TSE já foi feito. “Isto é normal no processo e já estávamos imaginando que poderia acontecer. Era algo previsível, mas a campanha continua”, poderou a candidata.