Atualizado às 20h45min.
VOLTA REDONDA
Numa entrevista coletiva realizada na manhã dessa terça-feira (20), o secretário de Saúde de Volta Redonda-RJ, Alfredo Peixoto, anunciou que quatro dos cinco primatas encontrados mortos na cidade e examinados no Rio de Janeiro, morreram de febre amarela. A coletiva de imprensa, convocada às pressas, teve o foco de alerta a população para o risco de contrair a doença. Isso porque cerca de 30 mil pessoas ainda não receberam a dose da vacina.
Em 2017 foram vacina cerca de 40 mil pessoas. Somente este ano, de janeiro até agora, foram 141. 800 pessoas imunizadas contra a doença. Um total de 181.800. Porém a meta é 225 mil pessoas. O vírus que está na cidade é do tipo silvestre.
Até agora foram recolhidos e encaminhados 10 macacos no município. A secretaria ainda aguarda o resultado de outros quatro primatas encaminhados para exames. Os casos confirmados foram de macacos recolhidos nos bairros Siderlândia, Voldac, Santa Cruz e Siderópolis. Os exames foram feitos pelo Instituto Jorge Vaitsman, órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Osvaldo Cruz. Os resultados chegaram nessa terça (20).
– O macaco é sentinela para a doença. O mosquito transmissor da febre amarela prefere pica o macaco ao ser humano. Quem mata o animal acaba atrapalhando a investigação de onde está o vírus e ainda expondo nos humanos. Eles (macacos) nos ajudam. Sem eles hoje não saberíamos que o vírus está em circulação na cidade – enfatizou Alfredo.
O secretário pediu a quem ainda não se vacinou procurar um posto de saúde o mais rápido possível. Para intensificar ainda mais a imunização contra a febre amarela, haverá tenda itinerante de vacinação na Feira Livre de Volta Redonda de quarta a sábado, entre os dias 21 e 24 de fevereiro, das 8h às 13h.
Volta redonda teve dois casos confirmados em humanos. Ambos foram tratados e passam bem. Eles teriam visitado áreas rurais com circulação do vírus fora da cidade. Agora a doença pode estar bem mais perto do que se imagina.
Na próxima segunda-feira (26), começa também uma ação de “busca ativa” nos bairros, onde foram encontrados os macacos mortos por febre amarela. Os agentes da Vigilância Ambiental e os agentes comunitários de saúde, que atuam na Atenção Básica, vão percorrer o território, fazendo visitas domiciliares para identificar a população que ainda não vacinou e levá-la à Unidade de Saúde.
– É importante frisar que o macaco não transmite a doença. Quem transmite é o mosquito. Nós encontramos macacos mortos por envenenamento na cidade. Isso é uma covardia com o animal que não tem como. Assim como nós. Precisamos focar em vacinar aqueles que ainda não foram. Com isso todos estarão imunes e protegidos contra a febre amarela – ressaltou o secretário.