Atualizado às 21h54min.

NACIONAL
A Petrobras anunciou na quinta-feira (26) que vai aumentar em 5% os preços de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP), nas refinarias e bases a partir desta sexta-feira (27). O reajuste é válido para todos os tipos de GLP, desde o residencial, conhecido como o gás de cozinha nos botijões de 13 quilos, até o industrial e comercial, vendido em vasilhames de 20 kg, 45 kg e acima de 90 kg, incluindo a granel.
Os preços do GLP, como dos demais derivados são livres. Mas, segundo um técnico do setor, considerando que a matéria-prima representa cerca de 54% do preço final do produto, o impacto final aos consumidores pode variar entre 2% a 3%, desde que seja feito apenas o repasse do aumento dos preços nas refinarias da Petrobras.
No Rio, de acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no período entre os dias 15 e 21 de dezembro o preço médio do botijão de 13 quilos está em R$ 63,53. Já o valor máximo cobrado do consumidor chegou a R$ 75, em Santa Cruz, na Zona Oeste. O preço mínimo de R$ 54,99 foi registrado na Taquara, também na Zona Oeste.
De acordo com cálculo de um especialista do mercado, o GLP residencial vendido em botijões de 13kg teve, de janeiro até agora, um reajuste médio de 10% nas refinarias da Petrobras. Já o GLP vendido para industria e comércio, que até novembro tinha preços diferenciados do gás de botijão, registrou uma redução média da ordem de 10% no ano nas refinarias.

Repasse eventual

Mas nem todos os aumentos de preços nas refinarias foram repassados para os consumidores. Segundo a pesquisa da ANP, em janeiro o preço do Botijão de 13kg era vendido a R$ 69,15, em média, no país, e em outubro a R$ 68,77 — ou seja, houve uma queda de 0,5% no mesmo período em que subiu cerca de 5% na refinaria.
O presidente do Sindigás, que reúne as distribuidoras de GLP do país, Sérgio Bandeira de Mello, informou que houve uma redução de 1% no consumo de GLP na comparação entre novembro de 2018 e o mês passado, sendo que somente o consumo do GLP residencial teve uma queda de 1,4%.
Segundo o executivo, a retração da economia está levando à redução da demanda do GLP residencial. O consumo atual é da ordem de 610 mil toneladas por mês.
— A retração da economia está fazendo com que as pessoas consumam menos GLP, achatando as margens das distribuidoras — diz Bandeira de Mello. — E, por conta da menor demanda, todos ficam com dificuldade de repassar para os preços finais os preços das refinarias. Se esse novo reajuste for confirmado, vai ter maior pressão na demanda.
Foto: Reprodução.


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