Política: A Cegueira Cidadã e o partidarismo futebolesco

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Foto: Ilustrativa.
 RODRIGO MATIAS

Atualizado às 18h39min. 
Essa imagem me lembrou da última aula de sociologia e filosofia que lecionei algum tempo atrás, antes da pandemia. O ser humano enquanto “zoon politikon”, como pensava Aristóteles, o que vive a pólis e que deve estar conectado à coletividade, está cada vez mais “démodé”. A vida pós-moderna, ou líquida, com sua face mais caótica, no capitalismo selvagem, criou um estilo de vida que fragmentou ainda mais o corpo social, formando ilhas sociais ou reino do individualismo.
Nos falta maturidade democrática para perceber a patologia que define e domina a política brasileira. Muitos falam sobre liberalismo, socialismo, conservadorismo, comunismo, direita, esquerda, desconsiderando a importância de saber para poder debater. Acaba que só importa o interesse prioritário é bater boca e impor a própria visão. Qualquer ideia rasa serve de ctrl+c e ctrl+v, para que o “meu lado” vença e o país seja derrotado, como sempre foi. Por isso defendo porte de livros e bolsa livraria… (risos).⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Segundo Habermas, “os cidadãos só podem fazer um uso adequado de sua autonomia pública quando são independentes o bastante, em razão de uma autonomia privada que esteja equanimemente assegurada; mas também no fato de que só poderão chegar a uma regulamentação capaz de gerar consenso. Isso se fizerem uso adequado de sua autonomia política como cidadãos do Estado”.
Contudo, o brasileiro segue achando que política é paixão futebolística, fanatismo religioso e briga de rua. O mesmo brasileiro que não lê programa de governo por preferir frases de efeito que expressem seus interesses mais mesquinhos. Por aqui não querem gestores competentes, com boas ideias, querem “heróis” que usem os cidadãos como marionetes. Assim, finalizo com uma frase de Friedrich Nietzsche, “Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos”. Não se pode generalizar, mas acontece em sua maioria. Pensem nisso.

Estoque fé e compartilhe esperança! Até a próxima coluna.


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