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RODRIGO MATIAS
Atualizado às 22h26min.
Mãe, morta. Pai, preso. Menina morava com os avós. Tio, condenado por estupro, foi preso em 2010. Em seguida, no ano de 2014, ele ganhou uma “saidinha” e não voltou para prisão. Acabou novamente preso em 2015. Ganhou alvará de soltura, em 2018, indo morar com a família. A garota vive uma vida conturbada e em risco, com o inimigo dentro de casa.
Abusada pelos homens da casa, onde inclui o avô e os 2 tios. Aos 10 anos de idade ao invés de estar brincando de boneca na porta de um hospital é chamada de assassina por grupos extremistas religiosos.
Do outro lado da história, o assunto da semana deveria ser a pedofilia. Ou seja, a prática sexual criminosa que um adulto tem com crianças e adolescentes vulneráveis. Isso seja por indução e estímulo e/ou obrigando a vítima. Além disso, a levando ao ato libidinoso.
No entanto, como de costume, invertemos totalmente os papéis nesse caso. É mais fácil e conveniente focar em legalismo, ideologia, na tese própria e na buscar ter mais a razão. Quando o certo seria, ao meu ver, corrigir o que realmente necessita ser corrigido! Alguns dados para reflexão.
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No ano de 2018 foram cerca de 32 mil casos de pedofilia registrados no Brasil e que somando o registro de 2019 e 2020 esses casos saltaram para 117 mil sendo o maior índice de toda história;
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Foram 320 crianças e adolescentes sofrem abuso sexual por hora no Brasil;
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Um total de 25% dos casos os abusadores são amigos/colegas e em 23% são pais e padrastos;
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Segundo dados 70% dos casos de pedofilia acontecem dentro de casa;
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Das vítimas, 67,7% são meninas, 16% com meninos, 15,79% não informado;
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Desses casos são 40% das vítimas com idades de 0 a 11 anos, outros 30,3% de 12 a 14 anos e 20,9% de 15 a 17 anos.