Atualizado às 13h07min.

RODRIGO MATIAS
Na última semana a avenida paulista, como nos últimos anos, teve dois movimentos distintos. Um deles “A marcha para Jesus”, promovida por diversos grupos evangélicos e “A Parada do Orgulho LGBT, ou, como é conhecida, a “Parada Gay”. Ambos os movimentos alegam terem tido, em torno, de 3 milhões de pessoas em suas respectivas edições de 2019.
No movimento promovido pelas igrejas evangélicas, encabeçada pela igreja Renascer em Cristo, pela primeira vez na história, um presidente da república em exercício participou do evento. Nem preciso replicar as falas do atual presidente aqui, por si só já tem dado repercussão suficiente.
É preciso enfatizar alguns pontos sobre a esse evento. Se são negativos ou positivos deixo o juízo de valor do caro leitor e cara leitora. Vamos a eles:
1) Os evangélicos são distintos nas visões teológicas e placas denominacionais. O evento não representa a totalidade e nem a uniformidade deles;
2) Grandes denominações evangélicas se unem para a realização do evento;
3) O evento tem um peso promocional, comercial e político enorme. É uma grande vitrine em vários sentidos.
A Parada Gay é promovida por uma ONG (Organização Não Governamental), têm diversos patrocinadores, incluindo instituições privadas e públicas, por meio de lei de incentivo fiscal. Como o Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, por exemplo. Esse ano a parada teve um tom altamente político, mirando no executivo nacional, em exercício, e o atacando ferozmente. O evento contou com a presença do atual prefeito de São Paulo.
Alguns pontos que observei, de igual modo, se são negativos ou positivos deixo o juízo de valor do caro leitor e cara leitora. Vamos a eles:
1) Não existe unanimidade no movimento. Até mesmo na sigla adota existe discussão LGBT, LGBTI, LGBTQ, LGBTA, LGBTQQICAPF2K+ e outras tantas, acredite, todas existem e são defendida;
2) O evento tem um peso promocional e financeiro enorme e é uma grande vitrine com um megafone;
3) Várias configurações familiares estiveram presentes no evento. Se engana quem pensa que “todo gay é safado”, no evento desse ano pude constatar muitos homo afetivos com relações monogâmica de anos, com filhos e estabilidade financeira.
Tanto a marcha, quanto a parada, reuniram um público eclético e que tem divergências dentro do seu próprio nicho. Acho engraçado esses grupos falando um do outro pois, em vários momentos, eles comentem exatamente o mesmo erro do qual acusam o grupo oposto. É hilário, para mim, pelo menos.
Quer um exemplo? Os homossexuais acusam os evangélicos de intolerância, aí, alguns grupos, pegam os símbolos religiosos e os profanam publicamente, fazendo simulações sexuais e outros. Do outro lado temos os evangélicos acusando os homossexuais de lutarem por leis exclusivas para o seu seguimento, ora… não existe, no Brasil, um seguimento que mais tem leis exclusivas do que o religioso, com várias isenções fiscais, entrada especial hospitalares e em outros estabelecimentos. Como eu já disse, é hilário ver as acusações que um grupo faz ao outro.
É claro que existem exceções, no meio homossexual existem líderes eclesiásticos gays, trans e lésbicas, com grupos de fé em franca expansão. No meio evangélico, existem aqueles que vão a eventos homossexuais com a intenção de evangelização e diálogo. Isso sem ferir os princípios da fé cristã/protestante.
Gosto de citar algumas frases:
– “Jesus é legal, o que mata é o fã clube. Às vezes, literalmente”.
– “Todo ser humano precisa de um encontro com Jesus e não com a religião”.
– “Família é quem te ama e respeita. O seu sangue até o pernilongo tem”.
– “Dois homossexuais só adotam uma criança que dois heterossexuais rejeitaram”.
E você, qual sua opinião sobre a marcha para Jesus e a parada do orgulho LGBT 2019? Deixe um comentário. Até a próxima semana.

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