BARRA MANSA

Atualizado às 17h20min.
O ex-vereador José Renato de Oliveira, de 55 anos, conhecido como “Renatinho”, foi solto pela Justiça na quarta-feira (8), depois de uma decisão provisória para acusação homicídio qualificado contra Roberto Soares Teles, o “Didio”, ocorrido em fevereiro de 2020.
Tivemos acesso a decisão do juiz que soltou Renatinho. Nela, o juiz entende que, após produção das provas e interrogatório de testemunhas, Renatinho não “ofereceria risco” de coagir uma testemunha ou de atrapalhar de alguma forma as investigações. Renatinho ficou preso por 11 meses, em um presídio em Niterói, na região metropolitana do Rio.
Medidas devem ser cumpridas para que ele fique em liberdade provisória. Como manter o endereço, entregar o passaporte, não se aproximar de testemunha ou membros da família da vítima, monitoramento eletrônico ou até não ficar longe de casa por mais de 5 dias.
A prisão preventiva foi expedida pela juíza em exercício da 1ª Vara Criminal, Bruna Frank Tonial. Segundo a investigação, Renatinho seria o mandante da morte do ex-assessor. O Ministério Público (MPRJ) Didio poderia ter tido um caso amoroso com a ex-companheira de Renatinho. Outra possibilidade levantada pela acusação é de que a vítima estaria tentando se desvincular de Renatinho para se vincular a outro político da cidade.

Relembre o caso…

Didio foi assassinado na Avenida Ministro Amaral Peixoto, no Jardim Boa Vista. Segundo a polícia, ele foi chamado em sua residência pelo apelido por um homem que fez vários disparos quando ele foi atender. O ex-assessor parlamentar chegou a ser socorrido na Santa Casa de Barra Mansa, mas não resistiu. Ele levou três tiros no peito e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Segundo a polícia, o assassino fugiu em Honda City, de “cor prata ou cinza”, com vidros escuros, que se encontrava parado perto da residência da vítima. A fuga foi presenciada pelo pai de Didio, que mora perto do filho. O veículo foi apreendido e é uma das provas da polícia. A investigação policial ainda detectou que um carro, semelhante ao usado no dia do crime, foi comprado dias antes por Renatinho. Testemunhas confirmaram, na investigação policial, que o carro seria “o mesmo usado pelo autor dos disparos no dia do crime”.
Segundo a conclusão da investigação, o carro teria sido entregue na mesma agência em que foi comprado, por Renatinho, dias antes. Investigação aponta ainda que o veículo foi entregue por um suposto funcionário de Renatinho. A intenção, segundo a polícia, era se desfazer do veículo que facilitou a fuga de quem matou Didio.
Ainda não conseguimos falar com a defesa de Renatinho sobre o caso. Se ela se manifestar está matéria será atualizada.

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