Foto: Arquivo - SFO.
BARRA MANSA
Atualizado às 17h39min.
O caso da suposta compra de votos pelo prefeito de Barra Mansa a um vereador para aprovar as contas reprovadas de 2018 do prefeito Rodrigo Drable (DEM) ainda não chegou a fim. Isso porque o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), por meio do desembargador César Felipe Cury, da 11ª Câmara Cível, anulou a sessão que aprovou as contas.
A sessão aconteceu no dia 19 de maio deste ano. A decisão é da ação popular movida por Júlio César Fialho Esteves, o Julinho Esteves, ex-servidor da Câmara Municipal e candidato a vereador nas eleições desse ano.
As contas de Drable foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), mas acabaram aprovadas por 14 votos a 9 pelos vereadores de Barra Mansa. Se fossem rejeitadas também pelo Legislativo, Drable ficaria inelegível por oito anos e correria risco de disputar as eleições deste ano.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil realizaram uma operação, em julho deste ano que levou ao afastamento de Drable do cargo de prefeito, por ordem judicial. Na mesma ocasião foram afastados dos cargos os vereadores Paulo Chuchu (DEM), presidente da Câmara, e Zélio Show (PRTB). A investigação foi motivada pela denúncia do vereador Gilmar Lelis ao MPRJ. Ele acusa o prefeito de oferecer R$ 30 mil de uma propina para votar a favor da aprovação das contas do prefeito.
Drable tenta a reeleição e se mantém na função por força de uma liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois vereadores também obtiveram medida judicial para voltarem aos cargos.
Julinho denuncia ainda que a votação foi recheada de irregularidades. Como por exemplo, a falta de publicidade. Segundo o denunciante ela “entrou na pauta da sessão apenas duas horas antes”. Além disso, ele afirma que os vereadores não tiveram acesso prévio ao parecer da Comissão de Finanças e Orçamento, composta por três parlamentares do mesmo partido do prefeito. Ainda três dos cinco integrantes da Mesa Diretora também são partidários do atual prefeito.
A anulação da sessão, ainda que seja mantida o prefeito pode recorrer e não interfere na elegibilidade a disputa de um segundo mandato. A Câmara nem o prefeito ainda se pronunciaram sobre a decisão.
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