Atualizado às 16h56min.
ANGRA DOS REIS
A Polícia Civil de São Paulo prendeu no domingo (15), em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, André Oliveira Macedo, o “André do Rap”, que seria o terceiro homem mais procurado do PCC – Primeiro Comando da Capital, considerada uma das mais fortes e violentas organizações criminosas do país. A prisão aconteceu em uma casa num condomínio de luxo da cidade. Agentes da Divisão Anti-Sequestro paulista localizou o suspeito no bairro de Itanema, que fica às margens da BR-101 (Rodovia Rio/Santos).
A compra de uma lancha, avaliada em R$ 6 milhões pode ter ajudado os policiais encontraram André. Segundo o delegado Fábio Pinheiro, da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), responsável pela operação, o traficante vendeu uma lancha mais velha há mais ou menos 30 dias por R$ 3,5 milhões e comprou a nova por R$ 6 milhões.
– Ele diz que não é dele [a lancha], que está até em nome de um empresário. A gente pesquisou. Essa pessoa só tem uma moto CG. Então, como um cara que tem uma moto CG tem uma lancha de R$ 6 milhões? Ele não tem capacidade fiscal para ter essa. A gente acredita que ele usava esses laranjas para lavar o dinheiro dele – afirmou em entrevista ao G1.
Polícia Civil procurava suspeito de tráfico internacional havia três meses. Segundo as investigações, André teria substituído Wagner Ferreira, o ‘Cabelo Duro’ assassinado na porta de um hotel, logo depois das mortes de Gegê do Mangue e do Paca. Além da lancha, um helicóptero foi encontrado na propriedade. De acordo com a polícia paulista, André seria o responsável pelo tráfico internacional da organização chefiada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Para o diretor do Departamento de Operações Policiais (Dope), Oswaldo Nico Gonçalves, a compra da lancha foi decisiva para encontrar o traficante. “Ele estava brincando, achando que nunca ia ser preso”, disse.
André ainda seria o responsável por organizar o tráfico de drogas do Brasil, através do Porto de Santos (SP), para a região da Calábria, no sudoeste da Itália, sendo recebida por outra organização criminosa que faria a distribuição para toda a Europa.
