– ESPECIAL –
Atualizado às 04h40min.
VOLTA REDONDA
Um policial civil, da 101ª DP (Pinheiral) e um Policial Militar, lotado no 33º Batalhão (Angra dos Reis), um dono de uma academia no Volta Grande e mais um suspeito foram presos, no início da madrugada deste sábado (17), acusados de extorsão contra um guarda municipal de Volta Redonda. A prisão aconteceu graças ao um trabalho de inteligência que começou com a Corregedoria, Diretoria Operacional e o Serviço de Inteligência da Guarda Municipal de Volta Redonda (GMVR).
Os suspeitos foram presos no momento que tentavam receber uma parcela do dinheiro cobrado da família do guarda, em Vargem Alegre, distrito de Barra do Piraí-RJ. A polícia chegou aos acusados depois de um trabalho de quase um mês de investigação dos agentes da GMVR, em parceira com os policiais do setor de inteligência da 93ª DP.
Os policiais presos e dois comparsas usaram os antecedentes criminais do pai do guarda, como motivo para extorquir as vítimas. Segundos eles, os acusados ameaçaram incriminar o pai do guarda se as exigências não fossem cumpridas. Assim que os acusados começaram a pedir dinheiro para a família do guarda, o serviço de inteligência da corporação começou a monitorar cada passo que o bando dava.
Duas quantias em dinheiro foram pagas. Na terceira, o carro do guarda foi dado como parte do pagamento. Cada passo do bando foi monitorado e o carro rastreado, sem levantar suspeitas. A vítima contou que viveu momentos de terror. “Tive que agüentar uma pressão danada. Todo dia eles ligavam, pedindo mais e mais dinheiro. Eles me mandaram vender a casa, bens… tudo o que eu tinha para dar para eles”, desabafou.
Uma ação em conjunto com homens da Guarda Municipal (VR), 93ª DP e 90ª DP, em várias viaturas foi montada para tentar capturar dos acusados. No momento que um terceiro pagamento seria feito, o bando recebeu voz de prisão em flagrante. Isso aconteceu bem em frente à casa do pai do guarda. Ninguém reagiu. Todos foram levados para 93ª DP, em Volta Redonda.
Com eles foram apreendidas 03 pistolas, um revólver calibre 38, de oito tiros e um quilo de maconha. Além de farta munição e um estoque de anabolizantes. Dois carros também foram apreendidos. Um Astra e um Honda Civic . O carro do guarda também foi recuperado com um dos acusados.
A maconha apreendida teria sido levada pelos suspeitos para o guarda municipal, para que ele vendesse e conseguisse mais dinheiro. “Essa droga foi entregue à vítima para que ele ‘se virasse’ e conseguisse mais dinheiro para eles”, contou um dos guardas a frente da investigação.
Os acusados agora poderão responder por formação de quadrilha, extorsão e tráfico de drogas. O delegado de área, Márcio Figueroa, adjunto de Barra Mansa, era aguardo para ouvir os acusados.
Deveriam estampar a cara deles…
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