Atualizado às 13h53min.
VOLTA REDONDA
A tão esperada Clínica de Diálise abrirá em março de 2018. Essa é a previsão dos responsáveis pelo funcionamento da unidade. Após a liberação para abertura da Clínica de Diálise em Volta Redonda-RJ, o prefeito Samuca Silva (Podemos) visitou, na manhã dessa terça-feira (19), a clínica no bairro Retiro. O espaço prevê atendimento inicial para 192 pacientes de hemodiálise e mais 70 de diálise perotineal, que é feita pelo abdômen. Num, total de 262 pessoas que poderão fazer o tratamento. Capacidade que pode dobrar, segundo o diretor técnico, o médico Murillo Tatagiba, que recebeu o prefeito para mostrar as dependências da clínica.
Murillo contou ao SUL FLUMINENSE ONLINE que o custo da obra, que começou em junho de 2014 e terminou em junho de 2016, foi de R$ 7,5 milhões. Fechada há um ano e meio, a um custo mensal de R$ 40 mil, o gasto com a clínica até agora chega perto dos R$ 9 milhões. Segundo o diretor, o processo de contratação já foi iniciado. Ele afirma que serão 80 funcionários trabalhando na clínica, quando ela estiver em pleno funcionamento. “Só vamos iniciar com qualidade e segurança para os pacientes. Todo equipamento aqui é de última geração e novos. Vai necessitar que os técnicos da empresa que nos vendeu, faça os testes e treine nosso pessoal. Temos um gerador que precisar ser testado. Portanto, tudo isso demanda um tempo hábil para se ajustar”, destacou. A clínica fica em cima de uma curva, na Avenida Retiro. O diretor pediu ao prefeito que sejam instaladas mais vagas e que uma faixa especial para ambulâncias seja feita para receber em segurança dos pacientes.
Além do prefeito, estavam na visita o vice-prefeito, Maycon Abrantes; o secretário de Saúde, Alfredo Peixoto; os vereadores Edson Quinto, Rodrigo Furtado, Pastor Washington e José Augusto; e a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiza Quintino.
Samuca comemorou a conquista e disparou que “não existe pai da criança”. Ele comentou que deixou para visitar a clínica quando tivesse “algo concreto”. “O custo para o tratamento dos pacientes já existe. O que articulamos foi pedir ao governo federal que trocasse a destinação. A estratégia era sensibilizar o governo para isso e redirecionar o gasto para o município”, ressaltou. O prefeito disse ainda que deverá economizar R$ 1,6 milhão por ano, gasto com transporte de pacientes para várias cidades de dentro e fora da região. O valor orçado para o custeio dos pacientes, de R$ 8,5 milhões, será repassado pelo governo federal. O prefeito afirmou ainda que existe a conversa para que os pacientes do município sejam remanejados automaticamente.
O secretário de Saúde, Alfredo Peixoto, fez questão de ressaltar que o “mais difícil passou”. Restam agora questões internas. “Os pacientes serão, gradativamente, absorvidos pela clínica. Pretendemos transferir todos os pacientes que temos fora da cidade para cá”, afirmou.
A clínica terá uma equipe multidisciplinar, composta por um psicólogo, um assistente social e um nutricionista. Um alívio para o Luiz Alberto, aposentado de 60 anos, que há sete faz tratamento de hemodiálise e na fila para o transplante. Só com a possibilidade de deixar de acordar às 4h da manhã e ir para Barra do Piraí-RJ. “Isso aqui é a chance que temos de melhorar a qualidade de vida de muita gente. Diminuir nosso sofrimento e o risco que enfrentamos na estrada”, comemorou.
Devolução da Câmara Municipal
Aproveitamos o encontro com o prefeito para falar sobre o valor que deve ser devolvido pela Câmara Municipal, antes do fim do ano. O presidente, Sidney Dinho, anunciou, em entrevista coletiva na semana passada, que seria R$ 640 mil, mas pode ser maior.
– Vou esperar para saber qual será o valor real para decidir o que vamos fazer. É muito bem vindo o valor. Já pagamos os salários de novembro e vamos pagar agora o décimo terceiro. O recurso vai reforçar o caixa da prefeitura e com certeza será aplicado onde houver mais necessidade – garantiu Samuca.